14 de mar. de 2012

Você sabe em que realmente implica o ateísmo?


Dr. Craig começa contando que morava na Bélgica quando houve o colapso da URSS e o fim da cortina-de-ferro. Segundo ele, foi emocionante e especial viajar pela Europa na época daqueles eventos. Numa visita à antiga Leningrado, atual São Petesburgo, encontrou-se com o famoso físico e cosmólogo russo Andrei Linde. Perguntou a ele sobre a Rússia estar se voltando maciçamente para cristianismo durante aquele momento de mudança. Linde respondeu dizendo que em matemática existe um termo chamado comprovação por contradição: "Tentamos por décadas o ateísmo marxista e não deu certo. Portanto, as pessoas começam a pensar que o oposto pode ser verdade." (Andrei Gripp)

A visão de mundo do ateísmo é desesperadora, mas, antes de apresentar as evidências da existência de Deus, é preciso explicar às pessoas porque isso é importante. Algumas delas nem se importam.

Que diferença faz se Deus existe?
Muitos filósofos, como os franceses do séc. XX Albert Camus e Jean-Paul Sartre, argumentaram: "Se Deus não existe, a vida é um absurdo". Eles não consideraram que isso que afirmavam era uma evidência da existência de Deus, mas, ao contrário, consideraram que a vida era mesmo um absurdo. Sendo assim, a vida não tem sentido, valor e propósito definitivo (essa é a verdadeira e profunda implicação do ateísmo).
Se o ateísmo for verdade, a vida é mesmo sem sentido, sem valor e sem propósito. Por isso, questionar-se sobre a existência de Deus é a pergunta mais importante que se pode fazer.
Não é possível dizer que os ateus necessariamente veem a vida de forma entediante e vivem sempre de forma imoral. Mas, é possível afirmar que os ateus enxergam esses valores e propósitos como ilusões subjetivas.

Se Deus não existir, homem e universo estão irremediavelmente fadados à morte. Sem a esperança da imortalidade, a vida humana caminha para a cova apenas. Não passa de uma faísca na escuridão do universo. É uma ideia atordoante e ameaçadora pra nós. Pensar que a pessoa que eu chamo de "eu mesmo" não mais será. Deixará de existir totalmente. É o confronto com o "não ser", do teólogo liberal Paul Tillich.

Mais de Sartre: uma vez perdida a eternidade, não faz diferença se vão demorar muitos anos ou poucas horas (para a morte). Como prisioneiros condenados à morte, estamos aguardando a execução da sentença.

E qual a consequência disso?

Vida sem sentido final e absoluto - Se toda pessoa deixa de existir quando morre, que sentido final há em viver? A humanidade não tem mais sentido que um bando de porcos ou um enxame de mosquitos. O mesmo processo cósmico que cuspiu a vida, irá consumi-la de novo. A pesquisa médica para reduzir a dor, os esforços diplomáticos para manter a paz, os sacrifícios de pessoas de bem por todo o mundo para melhorar a sorte do homem não fazem qualquer diferença. Se o seu destino não tem relação alguma com o seu comportamento, você pode viver como quiser. Tanto faz ser visto como um líder semelhante a Joseph Stalin ou como Madre Tereza; no final, serão todos entregues ao mesmo fim.

Vida sem valores - A crueldade do ateísmo está na crença de que não há Deus, não há outra vida e não há punição para o mal. Por puro interesse ou prazer próprio, cada um pode viver como quer. Não há nenhuma razão objetiva para a moral, não há qualquer razão objetiva para que o homem faça qualquer coisa, a não ser que a ação lhe dê prazer ou benefício. Segundo o ateísmo, não há nada de especial nos seres humanos: são meros subprodutos do acaso na natureza. "Somos máquinas para propagação de DNA. No fim, não há nenhum plano, nenhum propósito, nenhum mal, nenhum bem, apenas uma insipida indiferença sobre a vida" (Richard Dawkins). De fato, se não há Deus, ninguém pode dizer o que é certo ou o que é errado

Vida sem um propósito final - Não há um plano para o universo. E o que dizer dos humanos? Quem conhece sabe que o livro de Eclesiastes mais parece uma peça do existencialismo moderno do que um livro da Bíblia. O autor mostra a futilidade da riqueza, da instrução, dos relacionamentos e da honra numa vida que termina na cova. Que grande ilusão é a vida! Sem Deus, o homem e o universo são um acidente cósmico apenas. Não há razão para que tudo exista. É tudo matéria casual. Se Deus não existe você não passa de um aborto da natureza, jogado num universo sem sentido, para viver sem razão até morrer. É preciso então entender a gravidade da alternativa ateísta ao nosso redor. Lamentavelmente, as pessoas não se dão conta disso e vão tocando suas vidas como se nada disso fosse importante. Bertrand Russell, filósofo galês, disse algo do tipo: "Só nos resta viver firmemente fincados no mais profundo desespero. Reconhecer que o mundo é um lugar horrível para se viver." Seguido por Albert Camus: "Reconhecer que o mundo é desesperador que só nos resta viver apaixonadamente uns pelos outros, ainda que sem sentido".

Mas, a nossa constatação é de que muito difícil viver de maneira consistente, sermos felizes e coerentes e, ao mesmo tempo, sustentar uma cosmovisão tão pessimista e desesperadora.

O cristianismo bíblico fornece exatamente o que a humanidade precisa para viver de maneira consistente: eternidade e Deus. O sucesso do cristianismo está exatamente na maior falha do ateísmo: dar sentido à vida humana, coerência e possibilidade de uma ser realmente feliz. As pessoas precisam sair dessa indiferença e perceber a importância a importância do assunto da existência de Deus.

Blaise Pascal, filósofo e matemático cristão: "Não temos nada a perder e muito a ganhar ao optar por uma crença em Deus."

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